O Cinto de castidade foi um acessório projetado para proteger totalmente os órgãos genitais e trancado ao redor da cintura por cadeado de modo a frustrar, limitar ou restringir a atividade sexual, orgasmo e a masturbação.
Os cintos de castidade
podem ter sido usados de forma voluntária com a finalidade de proteção
contra estupro, para evitar doenças, infidelidade ou ainda para eliminar
a "possibilidade de o usuário cair na tentação e pecar" dentro de
preceitos cristãos, e se auto-flagelar dentro de um contexto religioso
rigoroso.
Podem ter sido usados de
forma obrigatória, com o intuito de torturar fisicamente ou
psicologicamente inocentes, para intimidar, punir, coagir ou para obter
falsas confissões.

Os cintos de castidade
não são coisas do passado, não caíram em desuso e nem estão extintos,
pelo contrário, continuam sendo produzidos, vendidos e utilizados,
principalmente por homens, porém em um contexto totalmente diferente.
Ao longo dos anos foram
criados e aperfeiçoados vários modelos, tanto para mulheres quanto para
homens, buscando melhorias ergonômicas como segurança, higiene, tamanho e
conforto para possibilitar o uso contínuo e indeterminado com maior
garantia de eficácia e discrição.

(-"Hum,... interessante!")
A novidade são os
modelos masculinos, porque além da troca de papéis com relação ao
passado, são muito variados em formato, materiais, preço e fabricação.
As vendas alcançam percentuais muito superiores aos dos modelos
femininos. Mas, seu uso continua sendo sigiloso para não chocar ou
causar embaraço.

A utilização atual do
cinto de castidade se tornou um ato consciente e opcional (consensual) e
pode estar intimamente relacionado com algumas práticas fetichistas, ou
pode ser uma opção de um casal interessado em banir definitivamente a
possibilidade da traição masculina, ou mesmo evitar a masturbação.
De qualquer forma, não há qualquer viés violento, religioso ou virtude implícita em seu uso atual.
O homem se submete ao
cinto espontaneamente, deixando para sua companheira, guardiã das
chaves, a decisão sobre quando, como e onde ocorrerá atividade sexual
(ereção, penetração e gozo).
Há várias possibilidades
para justificar a aceitação masculina do cinto de castidade, dentre
elas está a busca de uma nova forma de se relacionar com a companheira,
romantismo, qualidade na relação sexual, busca de uma técnica de acúmulo
de sêmen para incrementar a potência do orgasmo, entrega e até
altruísmo nos casos onde a companheira esteja impossibilitada por
qualquer motivo.