Moradores e comerciantes da zona histórica de Chaves lançaram uma petição pública, subscrita por duzentas pessoas, exigindo uma maior vigilância policial para travar a prostituição na zona histórica, soube-se hoje junto de fonte envolvida na iniciativa.
A petição, com cerca de 200 assinaturas, refere que, ano após ano, a zona histórica se vai degradando tornando-se num ponto de desinteresse social e histórico devido à prática de comportamentos de risco e ilegais.
As autoridades e a autarquia, sublinha o documento, foram alertados para a situação, mas ignoram “por completo” as queixas.
Além de exigirem mais vigilância, os signatários querem que seja feita uma “investigação real e séria” à prostituição e à cedência de espaços para que ela aconteça.
Há, dizem, “facilitadores desta atividade ilegal que repudiamos e consideramos um dos grandes fatores de degradação e mau estar da zona”.
Os moradores pedem ainda que sejam feitas diligências para acabar ou minimizar “drasticamente” o consumo de droga.
Segundo Marcolino Pinheiro, estabelecido há 62 anos numa das ruas mais emblemáticas do centro histórico, há grupos que causam mal-estar aos habitantes com garrafas partidas pelas ruas, consumo de drogas, palavrões e dejetos.
“Em algumas casas existe prostituição, mas não coloco essas mulheres no campo do crime, porque caem em comportamentos menos saudáveis”, afirmou.
Apesar de entender as limitações da polícia, o comerciante considera que deveria haver maior controlo para pôr termo à situação e restituir o sossego à população.
Outro dos residentes, não se querendo identificar alegando medo de represálias, disse que as entidades vivem de “costas viradas para o problema”, quando ele se agrava diariamente.
Marcolino Pinheiro explicou que, neste momento, que o número de mulheres que se prostituem tem vindo a aumentar havendo, inclusive, quem lhes ceda casas degradadas para o efeito onde, conforme adverte, se pode registar, a qualquer altura, um incidente como incêndio ou queda de telhado.
“Há interesses que se estabelecem com a prostituição e a perigosidade aumenta de dia para dia porque há pessoas e grupos novos dando origem a uma mistura explosiva”, explicou.
Em declarações à Lusa, o vereador com o pelouro do urbanismo, Carlos Penas, referiu que a situação é da competência da PSP, mas adiantou que a autarquia está a regularizar o horário de funcionamento dos bares
Fonte: CM