Uma equipa internacional de cientistas publicou um estudo em que concluiu que as mulheres acham mais atraentes homens bem dotados. E as mulheres na pré-história, que conseguiam ver os órgãos sexuais dos seus companheiros de pouca roupa, podem ter ajudado a influenciar a evolução dos genitais maiores nos seres humanos, ao escolher copular com parceiros com pénis grandes.
O estudo foi publicado na revista científica americana PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences).
«Uma vez que o tamanho do pénis é um tema delicado, é difícil determinar se as mulheres mentiram ou se auto-enganaram nas suas respostas», explicou por e-mail à AFP o principal autor do estudo, Brian Mautz, pós-doutorado em evolução e seleção sexual da Universidade de Ottawa, no Canadá.
Tiveram, então, de realizar um estudo diferente, usando imagens digitais de silhuetas genéricas masculinas com diferentes pesos, formatos corporais e comprimentos de pénis em repouso. Os investigadores pediram a uma amostra de 105 mulheres australianas que observassem 53 dessas imagens em tamanho real, semelhantes às de robôs, e que podiam girar para que pudessem ser vistas em diferentes ângulos.
As mulheres, todas heterossexuais, não sabiam que estavam a participar num estudo sobre o tamanho do pénis e o seu poder de atração. Tinham apenas de dar notas às imagens masculinas que considerassem mais atraentes sexualmente.
Após o estudo dos resultados, concluiu-se que as mulheres consideraram mais atraentes os homens com pénis maiores. Também demonstraram ter uma tendência de olhar com mais atenção para os homens mais bem dotados, mas não por demasiado tempo, já que cada avaliação foi feita em cerca de três segundos.
No entanto, os cientistas não conseguiram explicar qual o tamanho ideal que um pénis deve ter para ser considerado mais atraente, mas «as notas de atratividade foram crescentes em relação aos valores mais altos destas amostras», disse Mautz, acrescentando: «Os resultados contradizem o argumento de que o tamanho do pénis não é importante para a maioria das mulheres».
Mais de 70% das mulheres estudadas eram de origem europeia, 20% asiática e 7% tinham origens diversas. A idade média foi de 26 anos.