Depois de ter provocado os fogos, o jovem partilhou fotos das chamas nas redes sociais, tendo mesmo dirigido uma homenagem a Ana Rita Pereira, bombeira de Alcabideche que morreu no incêndio.
No Tribunal de Viseu, onde foi ontem ouvido, o jovem confessou ter ateado os incêndios na noite do dia 20 e madrugada do dia 21 de agosto. Ele e o comparsa saíram de mota da aldeia onde residem – Nogueira, freguesia de Alcofra, concelho de Vouzela – e foram parando na mata para que Fernando Marinho ateasse os fogos com um isqueiro. As autoridades já estão a preparar o pedido de um mandado de detenção internacional para Patrick.
“Brigada por tudo que fizeste por o distrito de Viseu. Descansa em paz!”, foi assim que Fernando Marinho se dirigiu a Ana Rita Pereira, na sua página no Facebook, momentos depois de a notícia da morte da bombeira ter sido conhecida. Fernando Marinho, 20 anos, ateou os fogos com um isqueiro. (Facebook dele)
Os dois jovens poderão vir a ser julgados pelos crimes de associação criminosa, incêndio doloso e três homicídios – já que os bombeiros Ana Rita Pereira (Alcabideche), Bernardo Figueiredo (Estoril) e Cátia Dias (Carregal do Sal) morreram durante o combate ao fogo.
Os suspeitos podem ser condenados a penas pesadas, num processo que pode ser histórico, uma vez que nunca um incendiário foi condenado a pena máxima. Fernando imputou as responsabilidades ao amigo, afirmando que Patrick tinha sido multado pela GNR, por conduzir sem uma carta de condução válida, e por isso o incitou a atear os fogos.
A investigação aos fogos do Caramulo revelou-se “complexa” e “urgente”, não só devido às proporções que atingiram, mas, sobretudo, devido às mortes e aos feridos que provocaram. Os militares da GNR e os inspetores da PJ delinearam uma estratégia que, em cinco dias, os fez confrontarem Fernando Marinho com provas que o levaram a confessar a co-autoria dos crimes.
ACTUALIZAÇÃO
Segundo o dioguinho será este o cumplice Luis Patrick