O arpão foi disparado a cerca de 30 centímetros do seu rosto, perfurou um olho e atravessou o crânio por completo.
O
homem que deu entrada no Hospital de Santa Teresa em Petrópolis, no Rio
de Janeiro, manejava o objeto quando subitamente este disparou. O arpão
perfurou o olho esquerdo atravessando o crânio, praticamente por
completo.
Segundo a equipa médica, o homem
entrou no hospital na segunda-feira passada (22 de Abril, 2013), lúcido e
consciente. Já a cirurgia, que durou cerca de quatro horas, foi
considerada um sucesso pelos médicos. Removeram o objeto que atravessou
15 centímetros do cérebro de Bruno sem que tenha ocorrido qualquer dano
neurológico.
A mesma equipa médica responsável
pela cirurgia diz que apenas por sorte salvou o paciente. O arpão passou
a milímetros de artérias vitais e o facto de estar vedado com uma fita
própria para isolar, impediu que este armasse.
A
pedido dos cirurgiões, um familiar do homem levou um arpão semelhante
para análise. Só assim foi possível aos médicos estudarem devidamente o
artefacto de pesca e decidir retirá-lo pela mesma cavidade por onde
entrou.
No dia seguinte, foi posta em prática a
segunda parte da cirurgia, que tinha como principal propósito recuperar o
olho esquerdo de Bruno, trespassado pelo arpão.
Foi
necessário reconstruir todo o globo ocular de forma a manter o órgão,
apesar da perda de algum conteúdo no acidente, os médicos admitem que
ainda seja possível que o paciente recupere a visão, apesar do quadro
clínico ser imprevisível.
O acidentado permanece
internado e em observação. E se tudo correr dentro da normalidade, num
caso fora do normal, terá alta na próxima semana.